Concluímos hoje as nossas observações sobre
o material de que deve se servir uma costureira – profissional ou amadora –
para o bom resultado do trabalho. Vejamos, então, os últimos utensílios.
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Ilustração de Gil Brandão |
·
Mesa de corte
A
mesa de corte é um elemento de grande importância para o resultado perfeito do
trabalho. Quem não tiver uma mesa adequada para costura poderá utilizar uma
tábua de comprimento regular ou uma mesa com dobradiças, que pode facilmente
ser guardada em qualquer lugar. A mesa também é útil para dispor as diversas
partes de um vestido, à proporção que se vai costurando, a fim de poder
observar-se o efeito final do trabalho.
·
Pano e bacia auxiliar para passar – Ferro de
passar
O
ferro de passar é importantíssimo, não para o corte, mas sim para a costura
perfeita. Toda costura em definitivo deve ser imediatamente aberta no ferro,
mesmo antes.
·
Dedal
Eis
um conselho para as nossas leitoras, sobretudo para aquelas que ainda não estão
acostumadas a trabalhar com o dedal: adquiram um e se familiarizem com o seu
uso. É, na verdade, um hábito útil o emprego do dedal, porque protege a
extremidade do dedo e favorece a rapidez da costura. Usa-se o dedal no dedo
médio. Quando apresentar alguma aspereza que possa prejudicar o tecido, o mal
pode ser remediado, eliminando-se tal aspereza com auxílio de uma lima de
unhas.
·
Giz
Numa
das gavetas da máquina de quem costura, nunca deve faltar um pedaço de giz de
alfaiate. É de grande utilidade para as marcações que trazem os moldes e servem
também para marcar o comprimento das saias. Outra grande utilidade do giz de
alfaiate é auxiliar bastante as marcações das provas, evitando o uso exagerado
de alfinetes. Há quem prefira, com certa razão, usar lápis de cores de grafite
mole em vez de giz, porque o traço é mais duradouro e não se apaga com tanta
facilidade.
·
Carretilha
A
carretilha é um utensílio de fácil aquisição pelo seu baixo custo. Não é
indispensável, mas é um ótimo auxiliar na marcação de linhas, sinais, etc. É
evidente que só pode ser usada nos tecidos firmes de algodão ou linho, sendo
completamente inútil nas sedas flexíveis, como jérsei, por exemplo. Para
proteger a mesa e permitir que as marcas de carretilha fiquem mais nítidas, usa-se
papelão ou mata borrão por baixo da fazenda que se vai cortar.
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Fita métrica – régua
A
fita métrica e a régua graduada em centímetros devem estar sempre ao alcance da
mão da costureira. Para medir tecidos, comprimento de saia, etc. é de grande
valor uma vara métrica, como as que se usam nas lojas. Como qualquer trabalho
bem feito tem de ser meticuloso, a questão das medidas é muito importante em
corte e costura. O axioma “meça mil vezes, mas corte uma vez só” nunca deve ser
esquecido por qualquer costureira. Quando se vai cortar um vestido, meça-se bem
a fazenda disponível e tenha-se certeza de que é suficiente para o modelo que
se deseja fazer. Não se faça nunca a asneira de ir metendo a tesoura num
tecido, sem saber qual a metragem requerida pelo modelo, a fim de não se ter
surpresas desagradáveis, arriscando-se ainda a perder todo o tecido, pelo fato,
bem freqüente, de não encontrá-lo, mais à venda.
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