sexta-feira, 17 de maio de 2013

Lição 05: Utensílios de costura (conclusão), de 22 de fevereiro de 1959

Concluímos hoje as nossas observações sobre o material de que deve se servir uma costureira – profissional ou amadora – para o bom resultado do trabalho. Vejamos, então, os últimos utensílios.

·         Mesa de corte
A mesa de corte é um elemento de grande importância para o resultado perfeito do trabalho. Quem não tiver uma mesa adequada para costura poderá utilizar uma tábua de comprimento regular ou uma mesa com dobradiças, que pode facilmente ser guardada em qualquer lugar. A mesa também é útil para dispor as diversas partes de um vestido, à proporção que se vai costurando, a fim de poder observar-se o efeito final do trabalho.

·         Pano e bacia auxiliar para passar – Ferro de passar
O ferro de passar é importantíssimo, não para o corte, mas sim para a costura perfeita. Toda costura em definitivo deve ser imediatamente aberta no ferro, mesmo antes do vestido ficar pronto, ou melhor, obrigatoriamente antes do vestido ficar pronto. Uma aba, uma gola, uma lapela já deve estar previamente acabada, bem batida a ferro, antes de ser pregada em definitivo no vestido. E isto compreende, pois é muito fácil bater a ferro, uma costura ou uma peça qualquer do vestido, quando ainda está isolada, do que depois de costurada. E, além disso, a costura feita numa fazenda bem lisa fica mais pura, mais correta e não enruga a fazenda.

Ilustração de Gil Brandão
·         Tábua de passar
Enquanto se costura, deve ser posta sempre ao alcance da mão, uma tábua de passar bem forrada.

Para completar o serviço inestimável que o ferro presta a uma boa costureira, existem outros acessórios indispensáveis para passar que são: a tabuinha para mangas, a almofada e o peso de alfaiate, forrado de feltro, para as costuras mais pesadas. Quando não se tem uma tabuinha própria para mangas, pode-se fazer uso de uma revista grossa, envolta em pano limpo.

·         Manequim
O manequim é o comprimento essencial para acertar devidamente os vestidos, sobretudo para quem costura para si própria e não dispõe de quem lhe experimente os vestidos. Em nossas casas especializadas existem apenas dois tipos de manequins: aquele que reproduz integralmente o corpo da mulher, geralmente caro, pois é feito sob encomenda, só podendo ser usado individualmente, e o manequim rígido, que obedece aos tamanhos 40, 42, 44 etc. Estes são os mais baratos, porém raramente correspondem às medidas exatas da pessoa. Para corrigir tal deficiência, ao se comprar um manequim deste último tipo, tenha o cuidado de pedir um número menor que o necessário. Faça-se depois um forro de fazenda grossa de algodão, que reproduza o próprio corpo nas medidas exatas. Este forro é então colocado sobre o manequim e recheado com pasta de algodão, de acordo com as peculiaridades da figura de cada uma. Este processo é o que os franceses chamam de bourrage do manequim, processo este indubitavelmente de grande valor prático.


E assim, tendo sido comentados os utensílios de costura mais importantes, chegamos ao fim do assunto na lição de hoje. Na próxima semana (postagem!), trataremos da passagem dos moldes para a fazenda, com alguns conselhos práticos sobre o início correto da confecção de um vestido.

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