sexta-feira, 24 de maio de 2013

Lição 09: Pontos de costura a mão (conclusão), de 22 de março de 1959

Na lição de hoje terminaremos o assunto dos pontos de costura à mão, que iniciamos na semana passada (Lição 08: Alinhavos, de 15 de março de 1959). Vejamos, então:

Ilustração de Gil Brandão

·         Ponto de chuleio (figura 1)
Este ponto envolve as bordas internas das costuras, que ficam livres, constituindo um arremate chato e firme, indispensável em fazendas que desfiam facilmente.

·         Pontos de bainha: ponto em espinha de peixe e ponto clássico
Cada pessoa tem a sua maneira individual para fazer bainhas. Contudo, os pontos usados para esse fim não variam muito, e os mais comuns e mais utilizados são: o ponto em espinha de peixe e o ponto clássico de bainha.

No ponto em espinha de peixe (figura 2), a agulha corre em dois níveis, dando pontos grandes na parte dobrada da bainha e nos pontos pequeninos, apenas tomando o fio, no avesso da saia.

O ponto clássico (figura 3) para fazer bainhas é semelhante ao ponto de chuleio, que pega simultaneamente a parte dobrada da bainha e o avesso da saia.

Quando se trata de “tulle” ou filó, não se faz bainha de espécie nenhuma. Por outro lado, é um erro imperdoável fazer-se bainha à máquina, a menos que se trate da fralda de uma blusa “chemisier” ou de um traje esportivo, cujo modelo assim o requeira.

·         Ponto trilhado (figura 4)
Este ponto é usado para bainhas, vivos, debruns, etc, cuja costura requer absoluta invisibilidade.

Em primeiro lugar, dobra-se e alinhava-se a orla com ponto corrido ou então com costura a máquina. Em seguida, enfia-se a agulha no mesmo lugar de um ponto já feito, toma-se um fio do tecido inferior, e faz-se a agulha sair dois ou três pontos adiante.

·         Ponto cerrado (figura 5)
Este ponto constitui uma costura forte e praticamente invisível. É usado para prender duas orlas, para aplicar entremeios e rendas, etc. O ponto cerrado é uma espécie de ponto de chuleio bem pequeno e bem cerrado, como seu próprio nome indica.

Ponto atrás (figura 6)
Este é um ponto interessante, parecido com o ponto haste, usado em bordados. O processo de executa-los é o mesmo, com a diferença de que, no ponto de haste, os pontos são dados obliquamente, enquanto no ponto atrás, eles são feitos na mesma direção, formando uma linha reta, enfiando-se a agulha no mesmo lugar do ponto anterior. Por causa da sua semelhança com o ponto da máquina de costura, o ponto atrás é considerado como o seu precursor. É quase tão seguro quanto o ponto de máquina, mas muito demorado. Geralmente usa-se este ponto, quando se deseja fazer uma costura firme a mão, num momento em que a máquina, por um motivo qualquer, não possa ser utilizada.

De posse destes pontos fundamentais de costura a mão, a leitora já estará apta a fazer um vestido bem acabado, pois, como tivemos ocasião de dizer na semana passada, a costura a máquina está destinada à construção do vestido, onde se requer firmeza, e a costura à mão aos arremates finais, que vão dar o verdadeiro valor ao trabalho.

Contudo, não basta saber fazer os pontos que acabamos de ensinar; é preciso faze-los bem feitos.

Para isso, é prudente que a leitora sem muita prática, tome de um pedaço qualquer de fazenda, faça-os e refaça-os, vezes seguidas, até adquirir a necessária habilidade, pois, como os pontos de bordado, os pontos de costura a mão, pela sua delicadeza, exigem muita leveza e bastante técnica.

Na próxima semana (postagem!), iniciaremos a maneira de como fazer o “bourrage” de um manequim rígido, adaptando-o às próprias medidas.

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